Rascunhos
21/7
segunda:
Salmo 8
2 Javé, Senhor nosso, como é poderoso o teu nome em toda a terra! Exaltaste a tua majestade acima do céu. 3 Da boca de crianças e bebês tiraste um louvor contra os teus adversários, para reprimir o inimigo e o vingador.
4 Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste... 5 O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? 6 Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor. 7 Tu o fizeste reinar sobre as obras de tuas mãos, e sob os pés dele tudo colocaste: 8 ovelhas e bois, todos eles, e as feras do campo também; 9 as aves do céu e os peixes do oceano, que percorrem as sendas dos mares.
10 Javé, Senhor nosso, como é poderoso o teu nome em toda a terra!
Caritas em Veritate, 35. Se houver confiança recíproca e generalizada, o mercado é a instituição económica que permite o encontro entre as pessoas, na sua dimensão de operadores económicos que usam o contrato como regra das suas relações e que trocam bens e serviços equivalentes entre si para satisfazer as suas carências e desejos. O mercado está sujeito aos princípios da chamada justiça comutativa, que regula precisamente as relações do dar e receber entre sujeitos iguais. Mas a doutrina social nunca deixou de pôr em evidência a importância que tem a justiça distributiva e a justiça social, inclusive para a própria economia de mercado, não só porque integrada nas malhas de um contexto social e político mais vasto, mas também pela teia das relações em que se realiza.
Cântico em Efésios 1,3-10
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:
Ele nos abençoou com toda bênção espiritual, no céu, em Cristo. 4 Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para que sejamos santos e sem defeito diante dele, no amor. 5 Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, conforme a benevolência de sua vontade, 6 para o louvor da sua glória e da graça que ele derramou abundantemente sobre nós por meio de seu Filho querido.
7 Por meio do sangue de Cristo é que fomos libertos e nele nossas faltas foram perdoadas, conforme a riqueza da sua graça. 8 Deus derramou sobre nós essa graça, abrindo-nos para toda sabedoria e inteligência. 9 Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, a livre decisão que havia tomado outrora, 10 de levar a história à sua plenitude, reunindo o universo inteiro, tanto as coisas celestes como as terrestres, sob uma só Cabeça, Cristo.
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22/7 s. Maria Madalena
Terça
Salmo 90/91
1 Você que habita ao amparo do Altíssimo, e vive à sombra do Onipotente, 2 diga a Javé: “Meu refúgio, minha fortaleza, meu Deus, eu confio em ti!” 3 Ele livrará você do laço do caçador, e da peste destruidora. 4 Ele o cobrirá com suas penas, e debaixo de suas asas você se refugiará. O braço dele é escudo e armadura.
5 Você não temerá o terror da noite, nem a flecha que voa de dia, 6 nem a epidemia que caminha nas trevas, nem a peste que devasta ao meio-dia. 7 Caiam mil ao seu lado e dez mil à sua direita, a você nada atingirá. 8 Basta que você olhe com seus próprios olhos, para ver o salário dos injustos, 9 porque você fez de Javé o seu refúgio e tomou o Altíssimo como defensor.
10 A desgraça jamais o atingirá, e praga nenhuma vai chegar à sua tenda, 11 pois ele ordenou aos seus anjos que guardem você em seus caminhos. 12 Eles o levarão nas mãos, para que seu pé não tropece numa pedra. 13 Você caminhará sobre cobras e víboras, e pisará leões e dragões.
14 “Eu o livrarei, porque a mim se apegou. Eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu responderei. 15 Na angústia estarei com ele. Eu o livrarei e glorificarei. 16Vou saciá-lo de longos dias e lhe farei ver a minha salvação”.
cont Caritas em Veritate, 35 Há que considerar errada a visão de quantos pensam que a economia de mercado tenha estruturalmente necessidade duma certa quota de pobreza e subdesenvolvimento para poder funcionar do melhor modo. O mercado tem interesse em promover emancipação, mas, para o fazer verdadeiramente, não pode contar apenas consigo mesmo, porque não é capaz de produzir por si aquilo que está para além das suas possibilidades; tem de haurir energias morais de outros sujeitos, que sejam capazes de as gerar.
cântico em Apocalipse 4,11; 5,9.10.12
4, 11 “Senhor, nosso Deus, tu és digno de receber a glória, a honra e o poder. Porque tu criaste todas as coisas. Pela tua vontade elas começaram a existir e foram criadas.”
5,9 “Tu és digno de receber o livro e abrir seus selos, porque foste imolado, e com teu sangue adquiriste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. 10 Deles fizeste para o nosso Deus um reino de sacerdotes. E eles reinarão sobre a terra.” 12 “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor.”
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23/7
Quarta
Salmo 103/104 (este salmo não aparece na Liturgia das Horas)
1 Bendiga a Javé, ó minha alma! Javé, meu Deus, como és grande!
Vestido de esplendor e majestade, 2 envolto em luz como num manto, estendendo os céus como tenda, 3 construindo tua morada sobre as águas. Tomando as nuvens como teu carro, caminhando sobre as asas do vento. 4Tu fazes dos ventos os teus mensageiros, e das chamas de fogo os teus ministros!
5 Assentaste a terra sobre suas bases, inabalável para sempre e eternamente. 6 Cobriste a terra com o manto do oceano, e as águas pousaram por cima das montanhas. 7 Diante da tua ameaça, porém, elas fugiram, precipitaram-se, ao fragor do teu trovão. 8 Subiram pelos montes, desceram pelos vales, para o lugar que tinhas fixado para elas. 9 Marcaste um limite que elas não podem transpor, e não voltarão a cobrir a terra.
10 Tu fazes brotar fontes de água pelos vales, e elas correm por entre as montanhas. 11 Dão de beber a todas as feras do campo, e os asnos selvagens aí matam a sede. 12 Junto a elas se abrigam as aves do céu, desferindo seu canto por entre a folhagem. 13 De tuas altas moradas regas os montes, e a terra se sacia com tua obra fecunda.
14 Tu fazes brotar relva para o rebanho, e plantas úteis para o homem. Dos campos ele tira o pão, 15 e o vinho que alegra seu coração; o azeite, que dá brilho ao seu rosto, e o alimento, que lhe dá forças. 16 As árvores de Javé se saciam, os cedros do Líbano que ele plantou. 17 Aí se aninham os pássaros, no seu topo a cegonha tem sua casa. 18 As altas montanhas são para as cabras, e os rochedos um refúgio para as ratazanas.
19 Tu fizeste a lua para marcar os tempos, o sol conhece o seu próprio ocaso. 20 Mandas as trevas e vem a noite, e nela rondam as feras da selva; 21 rugem os leõezinhos em busca da presa, pedindo a Deus o sustento. 22 Ao nascer do sol se retiram e se entocam nos seus covis. 23 o homem sai para sua faina, e para o seu trabalho até à tarde.
24 Como são numerosas as tuas obras, Javé! A todas fizeste com sabedoria. A terra está repleta das tuas criaturas. 25 Eis o vasto mar, com braços imensos, onde se movem, inumeráveis, animais pequenos e grandes. 26 Aí circulam os navios, e o Leviatã, que formaste para com ele brincares. 27 Todos eles esperam de ti que a seu tempo lhes atires o alimento: 28 tu o atiras e eles o recolhem, abres tua mão, e se saciam de bens. 29 Escondes tua face e eles se apavoram, retiras deles a respiração, e expiram, voltando a ser pó. 30 Envias o teu sopro e eles são criados, e assim renovas a face da terra.
31Que a glória de Javé seja para sempre; que ele se alegre com suas obras! 32 Ele olha a terra e ela estremece, toca as montanhas e elas fumegam. 33 Vou cantar para Javé enquanto eu viver, louvarei o meu Deus enquanto existir. 34 Que o meu poema lhe seja agradável, e eu me alegrarei com Javé. 35 Que os pecadores desapareçam da terra, e os injustos nunca mais existam. Bendiga a Javé, ó minha alma! Aleluia!
Caritas em Veritate, 36. A actividade económica não pode resolver todos os problemas sociais através da simples extensão da lógica mercantil. Esta há-de ter como finalidade a prossecução do bem comum, do qual se deve ocupar também e sobretudo a comunidade política. Por isso, tenha-se presente que é causa de graves desequilíbrios separar o agir económico — limitando-se apenas a produzir riqueza — do agir político, cuja função seria buscar a justiça através da redistribuição.
cântico em Colossenses 1,12-20 (na Liturgia das Horas, “cf. Cl” etc, aqui é o texto copiado da Bíblia)
12 Com alegria, deem graças ao Pai, que permitiu a vocês participarem a herança dos cristãos, na luz. 13 Deus Pai nos arrancou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu Filho amado, 14 no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.
15 Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogênito, anterior a qualquer criatura; 16 porque nele foram criadas todas as coisas, tanto as celestes como as terrestres, as visíveis como as invisíveis: tronos, soberanias, principados e autoridades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
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24/7
Quinta:
Salmo 126/127
Se Javé não constrói a casa, em vão labutam os seus construtores. Se Javé não guarda a cidade, em vão vigiam os guardas. 2 É inútil que vocês madruguem e se atrasem para deitar, para comer o pão com duros trabalhos: aos seus amigos, ele o dá enquanto dormem!
3 A herança que Javé concede são os filhos, seu salário é o fruto do ventre: 4 os filhos da juventude são flechas na mão de um guerreiro. 5 Feliz o homem que enche sua aljava com elas: não será derrotado nas portas da cidade quando litigar com seus inimigos.
cont Caritas em Veritate, 36 A doutrina social da Igreja considera possível viver relações autenticamente humanas de amizade e camaradagem, de solidariedade e reciprocidade, mesmo no âmbito da actividade económica e não apenas fora dela ou «depois» dela. A área económica não é eticamente neutra nem de natureza desumana e anti-social. Pertence à actividade humana; e, precisamente porque humana, deve ser eticamente estruturada e institucionalizada.
cântico em Apocalipse 11,17-18; 12,10b-12a
11, 17 “Nós te damos graças, Senhor Deus Todo-poderoso, Aquele-que-é e Aquele-que-era. Porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. 18 As nações tinham se enfurecido, mas chegou a tua ira e o tempo de julgar os mortos, de dar recompensa aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, pequenos e grandes, e o tempo de destruir os que destroem a terra.”
12,10b “Agora realizou-se a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo. Porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus.
11 Eles, porém, venceram o Dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram, pois diante da morte desprezaram a própria vida. 12a Por isso, faça festa, ó céu. Alegrem-se os que aí vivem.
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25/7 s. Tiago Apóstolo
Sexta:
Salmo 127/128
Feliz quem teme a Javé e anda em seus caminhos! 2 Você comerá do trabalho de suas próprias mãos, tranquilo e feliz. 3 Sua esposa será como vinha fecunda, na intimidade do seu lar. Seus filhos, rebentos de oliveira, ao redor de sua mesa.
4 Essa é a bênção para o homem que teme a Javé. 5 Que Javé abençoe você desde Sião, e você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias de sua vida. 6 Que você veja os filhos de seus filhos. Paz sobre Israel!
cont Caritas em Veritate, 36 O grande desafio que temos diante de nós — resultante das problemáticas do desenvolvimento neste tempo de globalização, mas revestindo-se de maior exigência com a crise económico-financeira — é mostrar, a nível tanto de pensamento como de comportamentos, que não só não podem ser transcurados ou atenuados os princípios tradicionais da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade, mas também que, nas relações comerciais, o princípio de gratuidade e a lógica do dom como expressão da fraternidade podem e devem encontrar lugar dentro da actividade económica normal. Isto é uma exigência do homem no tempo actual, mas também da própria razão económica. Trata-se de uma exigência simultaneamente da caridade e da verdade.
cântico em Apocalipse 15,3-4
“Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! Teus caminhos são justos e verdadeiros, Rei das nações!
4 Quem não temeria, Senhor, e não glorificaria o teu nome? Sim! Só tu és santo! Todas as nações virão ajoelhar-se diante de ti, porque tuas justas decisões se tornaram manifestas!”
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26/7 s. Joaquim e Sant'ana, pais de n. Srª.
sábado:
Salmo 144/145 (na Liturgia das Horas este salmo aparece dividido em dois, mas aqui ele vai inteiro)
Eu te exalto, meu Deus, meu Rei, e bendigo o teu nome para sempre e eternamente. 2 Vou te bendizer todos os dias e louvar o teu nome para sempre e eternamente.
3 Grande é Javé! Ele merece todo o louvor. É incalculável a sua grandeza. 4 Uma geração apregoa tuas obras para a outra, proclamando as tuas façanhas. 5 Tua fama é esplendor de glória: eu cantarei o relato das tuas maravilhas. 6 Falarão do poder dos teus terrores, e eu cantarei a tua grandeza. 7 Difundirão a lembrança da tua bondade imensa e aclamarão a tua justiça.
8 Javé é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor. 9 Javé é bom para todos, compassivo com todas as suas obras. 10 Que tuas obras todas te agradeçam, Javé, e teus fiéis te bendigam. 11 Proclamem a glória do teu reino e falem das tuas façanhas, 12 para anunciar tuas façanhas aos homens, e a majestade gloriosa do teu reino. 13 Teu reino é reino para os séculos todos, e teu governo para gerações e gerações. Javé é fiel às suas palavras, amoroso em todas as suas obras. 14 Javé ampara todos os que caem, e endireita todos os encurvados. 15 Em ti esperam os olhos de todos, e no tempo certo tu lhes dás o alimento. 16 Abres a mão, e sacias à vontade todo ser vivo.
17 Javé é justo em seus caminhos todos, e fiel em todas as suas obras. 18 Ele está perto de todos aqueles que o invocam, de todos os que o invocam sinceramente. 19 Ele realiza o desejo dos que o temem, ouve o grito deles e os salva. 20 Javé guarda todos os que o amam, mas vai destruir todos os injustos.
21Minha boca pronuncie o louvor de Javé, e todo ser vivo bendiga seu nome santo, para sempre e eternamente!
Caritas em Veritate, 37. A doutrina social da Igreja sempre defendeu que a justiça diz respeito a todas as fases da actividade económica, porque esta sempre tem a ver com o ser humano e com as suas exigências. Todas as fases do ciclo económico têm inevitavelmente implicações morais. Deste modo cada decisão económica tem consequências de carácter moral. Tudo isto encontra confirmação também nas ciências sociais e nas tendências da economia actual. Outrora talvez se pudesse pensar, primeiro, em confiar à economia a produção de riqueza para, depois, atribuir à política a tarefa de a distribuir; hoje tudo isto se apresenta mais difícil, porque, enquanto as actividades económicas deixaram de estar circunscritas no âmbito dos limites territoriais, a autoridade dos governos continua a ser sobretudo local. Por isso, os cânones da justiça devem ser respeitados desde o início enquanto se desenrola o processo económico, e não depois ou marginalmente.
Cântico em Fillpenses 2,5-11 (na Liturgia das Horas este cântico começa no v. 6)
5 Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo:
6 Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. 7 Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, 8 humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!
9 Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; 10 para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra; 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
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28/7
segunda:
Salmo 8
2 Javé, Senhor nosso, como é poderoso o teu nome em toda a terra! Exaltaste a tua majestade acima do céu. 3 Da boca de crianças e bebês tiraste um louvor contra os teus adversários, para reprimir o inimigo e o vingador.
4 Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste... 5 O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? 6 Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor. 7 Tu o fizeste reinar sobre as obras de tuas mãos, e sob os pés dele tudo colocaste: 8 ovelhas e bois, todos eles, e as feras do campo também; 9 as aves do céu e os peixes do oceano, que percorrem as sendas dos mares.
10 Javé, Senhor nosso, como é poderoso o teu nome em toda a terra!
cont Caritas em Veritate, 37 É preciso que, no mercado, se abram espaços para actividades económicas realizadas por sujeitos que livremente escolhem configurar o próprio agir segundo princípios diversos do puro lucro, sem por isso renunciar a produzir valor económico. As numerosas expressões de economia que tiveram origem em iniciativas religiosas e laicas demonstram que isto é concretamente possível.
Cântico em Efésios 1,3-10
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:
Ele nos abençoou com toda bênção espiritual, no céu, em Cristo. 4 Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para que sejamos santos e sem defeito diante dele, no amor. 5 Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, conforme a benevolência de sua vontade, 6 para o louvor da sua glória e da graça que ele derramou abundantemente sobre nós por meio de seu Filho querido.
7 Por meio do sangue de Cristo é que fomos libertos e nele nossas faltas foram perdoadas, conforme a riqueza da sua graça. 8 Deus derramou sobre nós essa graça, abrindo-nos para toda sabedoria e inteligência. 9 Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, a livre decisão que havia tomado outrora, 10 de levar a história à sua plenitude, reunindo o universo inteiro, tanto as coisas celestes como as terrestres, sob uma só Cabeça, Cristo.
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29/7 stos. Marta, Maria e Lázaro
Terça
Salmo 90/91
1 Você que habita ao amparo do Altíssimo, e vive à sombra do Onipotente, 2 diga a Javé: “Meu refúgio, minha fortaleza, meu Deus, eu confio em ti!” 3 Ele livrará você do laço do caçador, e da peste destruidora. 4 Ele o cobrirá com suas penas, e debaixo de suas asas você se refugiará. O braço dele é escudo e armadura.
5 Você não temerá o terror da noite, nem a flecha que voa de dia, 6 nem a epidemia que caminha nas trevas, nem a peste que devasta ao meio-dia. 7 Caiam mil ao seu lado e dez mil à sua direita, a você nada atingirá. 8 Basta que você olhe com seus próprios olhos, para ver o salário dos injustos, 9 porque você fez de Javé o seu refúgio e tomou o Altíssimo como defensor.
10 A desgraça jamais o atingirá, e praga nenhuma vai chegar à sua tenda, 11 pois ele ordenou aos seus anjos que guardem você em seus caminhos. 12 Eles o levarão nas mãos, para que seu pé não tropece numa pedra. 13 Você caminhará sobre cobras e víboras, e pisará leões e dragões.
14 “Eu o livrarei, porque a mim se apegou. Eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu responderei. 15 Na angústia estarei com ele. Eu o livrarei e glorificarei. 16Vou saciá-lo de longos dias e lhe farei ver a minha salvação”.
cont Caritas em Veritate, 37 Nesta época de globalização, a economia denota a influência de modelos competitivos ligados a culturas muito diversas entre si. Os comportamentos económico-empresariais daí resultantes possuem, na sua maioria, um ponto de encontro no respeito da justiça comutativa. A vida económica tem, sem dúvida, necessidade do contrato, para regular as relações de transacção entre valores equivalentes; mas precisa igualmente de leis justas e de formas de redistribuição guiadas pela política, para além de obras que tragam impresso o espírito do dom. A economia globalizada parece privilegiar a primeira lógica, ou seja, a da transacção contratual, mas directa ou indirectamente dá provas de necessitar também das outras duas: a lógica política e a lógica do dom sem contrapartida.
cântico em Apocalipse 4,11; 5,9.10.12
4, 11 “Senhor, nosso Deus, tu és digno de receber a glória, a honra e o poder. Porque tu criaste todas as coisas. Pela tua vontade elas começaram a existir e foram criadas.”
5,9 “Tu és digno de receber o livro e abrir seus selos, porque foste imolado, e com teu sangue adquiriste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. 10 Deles fizeste para o nosso Deus um reino de sacerdotes. E eles reinarão sobre a terra.” 12 “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor.”
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30/7
Quarta
Salmo 103/104 (este salmo não aparece na Liturgia das Horas)
1 Bendiga a Javé, ó minha alma! Javé, meu Deus, como és grande!
Vestido de esplendor e majestade, 2 envolto em luz como num manto, estendendo os céus como tenda, 3 construindo tua morada sobre as águas. Tomando as nuvens como teu carro, caminhando sobre as asas do vento. 4Tu fazes dos ventos os teus mensageiros, e das chamas de fogo os teus ministros!
5 Assentaste a terra sobre suas bases, inabalável para sempre e eternamente. 6 Cobriste a terra com o manto do oceano, e as águas pousaram por cima das montanhas. 7 Diante da tua ameaça, porém, elas fugiram, precipitaram-se, ao fragor do teu trovão. 8 Subiram pelos montes, desceram pelos vales, para o lugar que tinhas fixado para elas. 9 Marcaste um limite que elas não podem transpor, e não voltarão a cobrir a terra.
10 Tu fazes brotar fontes de água pelos vales, e elas correm por entre as montanhas. 11 Dão de beber a todas as feras do campo, e os asnos selvagens aí matam a sede. 12 Junto a elas se abrigam as aves do céu, desferindo seu canto por entre a folhagem. 13 De tuas altas moradas regas os montes, e a terra se sacia com tua obra fecunda.
14 Tu fazes brotar relva para o rebanho, e plantas úteis para o homem. Dos campos ele tira o pão, 15 e o vinho que alegra seu coração; o azeite, que dá brilho ao seu rosto, e o alimento, que lhe dá forças. 16 As árvores de Javé se saciam, os cedros do Líbano que ele plantou. 17 Aí se aninham os pássaros, no seu topo a cegonha tem sua casa. 18 As altas montanhas são para as cabras, e os rochedos um refúgio para as ratazanas.
19 Tu fizeste a lua para marcar os tempos, o sol conhece o seu próprio ocaso. 20 Mandas as trevas e vem a noite, e nela rondam as feras da selva; 21 rugem os leõezinhos em busca da presa, pedindo a Deus o sustento. 22 Ao nascer do sol se retiram e se entocam nos seus covis. 23 o homem sai para sua faina, e para o seu trabalho até à tarde.
24 Como são numerosas as tuas obras, Javé! A todas fizeste com sabedoria. A terra está repleta das tuas criaturas. 25 Eis o vasto mar, com braços imensos, onde se movem, inumeráveis, animais pequenos e grandes. 26 Aí circulam os navios, e o Leviatã, que formaste para com ele brincares. 27 Todos eles esperam de ti que a seu tempo lhes atires o alimento: 28 tu o atiras e eles o recolhem, abres tua mão, e se saciam de bens. 29 Escondes tua face e eles se apavoram, retiras deles a respiração, e expiram, voltando a ser pó. 30 Envias o teu sopro e eles são criados, e assim renovas a face da terra.
31Que a glória de Javé seja para sempre; que ele se alegre com suas obras! 32 Ele olha a terra e ela estremece, toca as montanhas e elas fumegam. 33 Vou cantar para Javé enquanto eu viver, louvarei o meu Deus enquanto existir. 34 Que o meu poema lhe seja agradável, e eu me alegrarei com Javé. 35 Que os pecadores desapareçam da terra, e os injustos nunca mais existam. Bendiga a Javé, ó minha alma! Aleluia!
Caritas em Veritate, 38. A actividade económica não pode prescindir da gratuidade, que difunde e alimenta a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum em seus diversos sujeitos e actores. Trata-se, em última análise, de uma forma concreta e profunda de democracia económica. A solidariedade consiste primariamente em que todos se sintam responsáveis por todos[93] e, por conseguinte, não pode ser delegada só ao Estado. Se, no passado, era possível pensar que havia necessidade primeiro de procurar a justiça e que a gratuidade intervinha depois como um complemento, hoje é preciso afirmar que, sem a gratuidade, não se consegue sequer realizar a justiça. Assim, temos necessidade de um mercado, no qual possam operar, livremente e em condições de igual oportunidade, empresas que persigam fins institucionais diversos. Ao lado da empresa privada orientada para o lucro e dos vários tipos de empresa pública, devem poder-se radicar e exprimir as organizações produtivas que perseguem fins mutualistas e sociais. Do seu recíproco confronto no mercado, pode-se esperar uma espécie de hibridização dos comportamentos de empresa e, consequentemente, uma atenção sensível à civilização da economia. Neste caso, caridade na verdade significa que é preciso dar forma e organização àquelas iniciativas económicas que, embora sem negar o lucro, pretendam ir mais além da lógica da troca de equivalentes e do lucro como fim em si mesmo.
cântico em Colossenses 1,12-20 (na Liturgia das Horas, “cf. Cl” etc, aqui é o texto copiado da Bíblia)
12 Com alegria, deem graças ao Pai, que permitiu a vocês participarem a herança dos cristãos, na luz. 13 Deus Pai nos arrancou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu Filho amado, 14 no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.
15 Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogênito, anterior a qualquer criatura; 16 porque nele foram criadas todas as coisas, tanto as celestes como as terrestres, as visíveis como as invisíveis: tronos, soberanias, principados e autoridades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.